quinta-feira, 9 de setembro de 2010

SAUDOSA MEMÓRIA

SAUDOSA MEMÓRIA

De repente me lembrei das coisas que andei fazendo, principalmente ligadas a arte. Lembrei dos meus amigos. Da turma do Jaraguá Tênis Club, da turma do “queimado”, expecificamente. Me recordei também dos meus primeiros passos na arte teatral, nunca como ator, mas sempre como criador de trilhas musicais e principalmente, da sonoplastia. Memória vai, memória vem, me lembrei do meu querido amigo Paulo Renaut. Poeta, escritor precoce, autor de excelentes textos e poemas que bem expunham a sua inteligência e também, sua capacidade de raciocínio e coerência. Lamento nõ ter escrito o seu nome outras vêzes pois certamente não teria, ainda hoje, dúvidas de como se escreve o seu sobrenome. Renaut, Renout, Renault ou outra forma totalmente diferente. O que importa na verdade é que me deu vontade de reverencia-lo. Nada melhor doque a sua própria poesia para expressar o respeito que tenho pela sua obra e sua memória.

Guerra e Paz

O homem não nasceu para a guerra.
O homem normal não nasceu para a guerra.
Vão as guerras, os jovens, futuros heróis, mutilados
Semimortos pela violência da guerra.
E surgem os mentecaptos comandantes,
Trazendo seus exércitos de homens
Formados para destruirem o que não construiram.
E liquidam com a paz.
Criam cemitérios de almas
Exterminando esperanças de paz.
A paz que só virá
Quando desaparecerem os anti-democratas,
Os facínoras os corruptos.
Será tudo isso um sonho?
Será que é sonho pensar na Paz ?

Texto de Paulo Renaut escrito para o show “Contraguerra” levado a palco pelo grupo do mesmo nome no Teatro Deodoro.

Por falar em dar o devido valor as pessoas da terra, me lembrei do fato interessante que aconteceu com o busto da ilustríssima D. Rosa da Fonseca, que iniciou sua peregrinação como homenageada na pequena praça que havia lá em frente do Bar do Chopp. Com o passar dos tempos e de acôrdo com
as necessidades (melhor dizer “interêsses”), acabou sendo transferida para a praça do Montepio.
Esperamos agora, que num surto de bondade infinita a nossa querida e digníssima Dona Rosa da Fonseca, não ganhe um passaporte e acabe indo se posicionar numa praça londrina ou mesmo francesa para ilustrar a história daqueles que bem sabem respeitar a memória de ilustres, mesmo sendo estrangeiros.

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