Passeando pelos sites e blogs deste meu Brasil, não foi difícil achar elogios ao artista alagoano Ibys Maceioh. Indubitavelmente, todas as palavras ditas são verdadeiras. Só falta o santo da casa fazer milagres. Leiam....
A Versatilidade de um canto (por Luiz Fernando Santos)
Do veio abundante e quase oculto dos artistas independentes não é difícil garimpar uma pedra de grande valor e brilho peculiar. Esse é o caso do poeta, cantador e violonista Ibys Maceioh. Como o codinome artístico denota, Ibys é natural de Alagoas e vem caminhando em sua profissão de fé há mais de 30 anos.
Embora desconhecido do grande circuito, Ibys tem um trabalho consistente, tendo estabelecido parcerias com alguns nomes como Oswaldinho do Acordeon, Noé Lourenço, Eduardo Gudin, Chico César e Turíbio Santos, do qual foi aluno.
Com tanto tempo de estrada, até hoje Ibys gravou três discos, dos quais o mais recente é o CD ‘34 Anos de Música’, no qual além da composição das faixas é responsável também pelo arranjo. Não é possível confinar sua produção no rótulo de música nordestina, dado a variedade de gêneros musicais dos quais ele se vale para se expressar, sem momento algum perder de vista sua origem.
Do disco ‘Cabelo de Milho’, por exemplo, a canção ‘Caminhante’ é um country cuja guitarra acústica de Fernando Melo (violão de 6 e 12 cordas) confere uma saudável fusão com um certo sotaque do repente. Do mesmo disco na faixa ‘Que Barra’, o tom muda para uma modulação de música de gafieira, com naipes de metal que lembram em parte a fusão realizada pela Banda Black Rio, nos meados da década de 1970.
Já na faixa ‘Eu Sou o Show’, Ibys arrisca um blues nada melancólico, com pegada cômica e lírica, com grande contribuição da guitarra e pontuação jazzística do sax tenorde Everaldo Borges.
A soma do seu trabalho faz de Ibys um artista versátil, tanto na transposição dos diversos gêneros musicais como na alternância entre o papel de compositor, arranjador e poeta.
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