segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

BAQUE NA CULTURA ALAGOANA - MORRE CARMEN LÚCIA OMENA

“Faleceu no final da manhã deste sábado (28) a folclorista e pesquisadora Carmem Lúcia Omena, que estava internada há um mês no Instituto do Coração em Maceió e faleceu por complicações cardíacas. Carmem era Presidente da Comissão Alagoana de Folclore e era Secretária da Associação de Folguedos Populares de Alagoas (ASFOPAL).

Segundo a ex-presidente da ASFOPAL, Josefina Novaes, ‘Alagoas perdeu hoje mais uma grande defensora da cultura popular alagoana… uma entusiasta e uma pesquisadora da arte popular no estado’.

Foi aluna dos atelier de Lourenço Peixoto ( desenho e pintura) de Pierre Chalita ( desenho), Célia Gobbi (cerâmica e esmaltação ) em Maceió, Maria Teresa Vieira (aquarela) no Rio de Janeiro e Silvia Farine (esmaltação em cerâmica) em São Paulo.

Como pesquisadora, desde 1976 vem colecionando lapinhas ou presépios, feitos por artesãos populares, possuindo um acervo de mais de 70 ( setenta) conjuntos, de várias cidades do País, do Peru,da Bolívia, da Itália e da Alemanha; um acervo com mais de 100 (cem) máscaras populares do nordeste brasileiro, onde tem realizado com estes dois acervos exposições em seu atelier Casa 50, no bairro do Poço e a convite do Shopping Iguatemi 2002, 2003 e 2007, com máscaras.

Resultante de uma pesquisa sobre o Pastoril, em 2003, através do SESC/Alagoas, lançou o CD “ Folguedos Natalinos Alagoanos – Pastoril”, da Coleção Memória Musical, com músicas de quatro pastoris autênticos das cidades de Maceió, Marechal Deodoro,Coqueiro Seco e Mar Vermelho, do estado de Alagoas.

No final da década de setenta coordenou e realizou através do SESC/Al a exposição de artesanato da V Festa Nacional de Folclore, juntamente com a Universidade Federal de Alagoas –UFAL, FUNARTE e Ministério da Cultura, em Maceió. Nesta mesma década coordenou as Feiras de Lazer e Tarde de Lazer, programação do SESC/Al, nas cidades de Maceió, Palmeira dos e Arapiraca, em que as manifestações populares ( brincadeiras infantis, folguedos, artesanato e cavalhada) tiveram um tratamento de destaque.

Em seu atelier Casa 50 de 2001 a 2004 desenvolveu um trabalho com arte com adolescentes especiais (Síndrome de Down e Microcefalia).

É verbete do ABC das Alagoas de Francisco Reynaldo de Amorim Barros,1ª edição 2005, publicado pelo Senado Federal em Brasília.
(Extraido de informações publicadas pela nossa querida Cidinha Madero)

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