Fecho meu quarto, fecho minha vida,
O elevador me fecha, estou sereno.
Pela última vez miro a cidade,
Ainda posso desistir, adiar a viagem.
Mas tomo o carro, marco o lugar,
Passo entre vidro, couro e aço cromados,
Me incorporo a todos os pedaços,
Pronto pra chegar noutro lugar.
Vejo-me em outras cidades,
Sem mar nem nada parecido,
Sòmente casas bem simples,
Jornais, café, algodão para o ouvido.
Só saudade, brisa na boca,
Azul de longa espera, primavera,
Casas ancoradas na paisagem,
Saudam-se fraternas entre si.
Sou um dos poucos,
Que suavemente transitam,
Entre placas explicativas,
E remotos pontos de partida
.
Outro poste, outra lâmpada
Maceió me aguarda, uma esperança.
Cada vez mais perto.........
Atravesso o velho "Chico" e já percebo a sua cidadela.
Um chamado atendido,
Estou aqui Alagoas,
Terra de Graciliano e Téo Brandão,
Jorge de Lima e Lêdo Ivo,
Daqui não saio mais não.
Lindo poema... sinto-me contemplada com ele. Me Faz lembrar de quando morei durante 11 meses em Minas Gerais (que não possui nada que se pareça com o nosso mar...), olhava ao horizonte, sentia falta de ver o mar de Maceió, sentia um aperto no peito...
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