terça-feira, 27 de novembro de 2012

O QUE OS CACHORROS VÊEM (Rui Agostinho)

Quando vivemos em uma realidade, com um Universo tão pequeno onde a comunidade transita em uma sociedade cultural tão em busca do sucesso, seja ele financeiro, social  ou até mesmo de ambos, sócio-cultural, percebemos que tudo passa pela necessidade de estar próximo de pessoas importantes, demonstrando amizade por essas pessoas ou até mesmo, ficar dependurado em seus  pescoços para serem tomadas como seus iguais. Isso incomoda muito e pede uma avaliação. É uma questão cultural. A arte de bajular, é muito antiga e uma das mais usadas para se manter próximo do poder.
O cachorro fica próxima ao seu dono, lambe seu pé e até cheira seu dono por amor e fidelidade. Para o homem, tudo gira  em torno do interêsse, pegar carona no sucesso dos outros. Nas cidades pequenas, muito mais do que nas grandes metrópolis, torna-se fácil as pessoas adotarem comportamentos que bem justificam a sua total falta de apego aos seus comuns, a não ser, a necessidade de aparecer.  elas não se preocupam de usar aqueles que possuem cargos, em empresas de porte pequeno, médio ou alta, públicas ou privadas. O negócio e fazer valer ao máximo a frase que tornou bem conhecido o personagem mexicano Chapolin; "JUNTE-SE AOS BONS". Parece-me que este comportamento acaba trazendo a falsidade na relação e o interesse pela troca de favores, as pessoas ficam até pensando umas iguais as outras, perdem a personalidade nesse processo, perdem a sua unanimidade. Mas se enganam, aquêles que acreditam que isso pode se perpetuar, a mesa farta hoje, não garante que amanhã teremos comida de novo.
Assim é, assim foi e sempre será. Só que, o cachorro quando vê pela janela do apartamento o seu dono chegar, não vê nele,  mesmo a distância, alguém em que ele usará como ponte para obter algo, como porta de acesso para previlégios, etc... verá sim, alguém confiável, afetivo, sempre pronto a lhe passar a mão, afagar seu pêlo como prova de carinho. E  ele sempre responderá a essas manifestações afetivas, verdadeiras, e desinteressadas, com o mesmo comportamento, um comportamento verdadeiro e desinteressado também. 
As pessoas comuns e os políticos safados, esses que aí estão, sendo julgados e condenados (penas muito brandas por sinal), por sua prática, no uso do toma-lá, dá cá, são um bom exemplo desta verdadeira praga que assola o nosso Brasil. Outra coisa boa de se lembrar aos oportunistas de plantão é que: se o político cai, arrasta todos ao seu redor para o limbo. A cultura de um povo, precisa de exemplos elogiáveis, mais patrióticos. Cada pessoa, independente de credo, situação social ou poder financeiro,  precisa ser íntegra.  
O cachorro meus amigos, precisa apenas de alguém que lhe seja fiel, tal como ele é para sobreviver neste mundo! O cachorro é o que é,  independe da cobiça, da inveja e principalmente, do toma lá, dá cá que nos cerca neste mundo de meu Deus. Reflitam........

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