sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O PRIMEIRO AMOR (RUI AGOSTINHO)


Todos nós temos o nosso primeiro amor. amores dos mais diversos tipos e que trazem as mais variadas

emoções. Talvez o amor mais marcante seja aquele que tivemos quando criança, ainda não totalmente esclarecidos sobre as artimanhas deste sentimento. Esse amor marca e se transforma num sonho que carregamos no canto do nosso coração, puro, intacto e eternamente irrealizado. Eu tive um desses amores. Como muitos outros meninos, acabei me apaixonando perdidamente pela minha professora primária.
Hoje, consciente deste que foi um amor platônico, me pergunto: Onde andará a minha primeira professora ? Estará ela ainda vivendo neste mundo de Deus ? Não sei ! Se viva estiver que esteja em paz e com boa saúde. Se não, que esteja entre os eleitos ao Reino dos Céus, com todos os privilégios que todas as boas professoras e professores merecem.


      J A N I C E  (Rui Agostinho)


SEMPRE CHEGO MAIS CEDO.
TE AGUARDO NA ESQUINA 
OLHAR SEMPRE ATENTO,
TE VEJO DE LONGE,
DECOTE PROFUNDO, PERFEITA OUSADIA
SOB QUALQUER ÂNGULO, TOTAL SIMETRIA.

PELE MORENA, SOL DA MANHÃ,
CONTRASTE LINDO, PURA LUZ,
QUASE NA HORA, AGUARDO ANSIOSO
A SUA PASSAGEM EM VESTIDO GASOSO,
ME ENSINA ALGO NOVO
SOBRE SER FELIZ.

ADENTRA A SALA

A PALAVRA NAS MÃOS,
O BRANCO DO VESTIDO,VESTE O CORPO,
O NEGRO VESTE O QUADRO
NUMA FELIZ COMUNHÃO.

JANICE, QUEM SABE DE TI,

QUEM SABE DE MIM !
AMOR DE CRIANÇA, PEQUENO APRENDIZ.
SONHOS DE PÓ DE GIZ,
A MEMÓRIA NÃO TRAI A QUEM SEMPRE TE QUIZ !


* A memória viva de Janice de Araújo Chaves  (Escola Presidente Eurico Dutra - IAPI da Penha - Rio de Janeiro)

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